(Releitura de humbias/DaLua)
Trouxe na mão uma vodka, e a maquiagem borrada
Me contou que estava bêbada, e tudo que fez na night
Me mostrou que era santa, mas que não era nada light
Me encontrou tão desconfiado, que tocou meu coração
Mas não me agregava nada, e assustado eu disse não
A segunda me chegou como quem vem de um sarau
Trouxe na mão Dostoievsky, e um Ray-Ban bem surreal
Me contou que já foi burra, e que as outras são iguais
Me disse que era diferente, mas igualzinha às outras mais
Me encontrou tão distraído, escutando Wesley Safadão
Mas não me aceitava em nada, e abalado eu disse não
A terceira me chegou como quem chega assim
Ela não me pediu pra add, nem no whats mandou beijinho
Mal sei como ela se chama, nem entendo o que ela quer
Ela entrou no meu cafofo, e até me passou um café
Foi mudando meu status no face e antes que eu disesse não
Se instalou feito um malware dentro do meu coração
E essa quarta me chegou, como quem chega do ar
Não me disse seus intuitos, e nem precisava falar
Toda vez que eu saía, na noite ela saía também
Sentava perto da terceira e a chamava de meu bem
Me encontrou tão displicente, e sugeriu um surubão
Nisso levou a terceira embora e derrotado disse não
Veio quinta, sexta, sétima e a oitava veio também
Perdi a conta na décima primeira, não encontrava o meu bem
Com a esperança esvaída, achei que o problema era meu
Mas isso era meia verdade, já que o destino nada me deu
Juntei os cacos da minha alma, e refiz meu coração
Pra moças de coisas vazias, pacientemente disse não
E finalmente veio uma, que não precisei contar
Ela não me pedia nada que não fosse justo falar
Ainda que com humildade, tinha porte de rainha
Me mostrava o bem de mim e sua fala era poesia
Era dona de si mesma, e somos dois desde então
Sabia bem o que queria e conquistou meu coração
Um comentário:
Gostei, Humbertão! Legal!
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