23.3.10

Não sei o que não sou

eu sei bem que alguém já lhe disse
e se não disse espero não ser
o profeta destas tais sandices
que nunca cessam, inflamam sofrer
nos nossos corações prepotentes
sem perceber a mágoa resolveu
prevalece, porém não contente
na lágrima que a terra absorveu
e que incomodava deveras
incomodou mais que suas verdades
suas palavras, falácias sinceras
seus descaminhos pela cidade

não há paz no mundo que consiga
afastar-me destes seus dilemas
sofro só porque quero, portanto
espero assim que a vida siga
sem sintoma de quaisquer problemas
sem sombra de dúvida ou pranto

casualmente devoto atenção
ao conselho que dou a mim mesmo
afasta-te de mim, ó perdição
a luta diária que levo a esmo
e é onde preciso permanecer
te esqueço logo pra não padecer
de novo de amor, de ódio, pena
minha vida tão curta, pequena
e que não cabe aqui neste poema

.

(a francisco e a gilberto ...)

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