13.4.10

Dor que não há

te espero mesmo enquanto
a lágrima escorre aqui
no canto
que não queima
nem dói
pranto sem sofredor
qual dia qual data
não sabe quando
se onde estiver
eu tiver sede
a sede da sua imagem
eu mato com a água
que verte da minha verdade

mas também não ligo
porque já estou no nosso verão
tarda a noite delonga o dia
e fico aqui a te espiar
dentre recortes remanescentes
marcas então frequentes
sonhos recorrentes
te vejo e não me esqueço
e assim eu luto em vida
e nesta lida serena
apaixonado permaneço

Um comentário:

Auíri Au disse...

Cara seus textos estão ficando bons..
Continua.
Abraço