4.12.09

Desconcerto

queria mesmo ver-te
abraçar-te
gritar insanamente
que amo-te
que quero-te
mas neste momento
e em tantos outros
abandonaste meu pequenino
coração

você faz-me falta
mas perde seu tempo
em longas viagens
de volta
ao que não teve fim
mas ao que à casa retorne
terá sempre meu abraço
aberto e mormente
esperando-te ansioso

e nem que para haver-te
novamente
nos meus braços
precise esperar
a eternidade
ainda assim serei um dia
feliz

posterga-me portanto
o sentimento mór
da minha paz interior
e agora ora confesso-me com
coveiros
ora com plantas do meu jardim
meu desabafo é um sete de copas
sinto-me na perdição do meu juízo
subo montanhas
desço escadas
em busca de respostas inglórias
e afogo-me nas incertezas
mais uma vez

mas no fundo desejo
que a eternidade
não demore a acontecer
ou que você tome logo
de volta
sua metade no terreno
selvagem do meu coração

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