Tanta reticência
tanta vírgula fora do lugar
um mar de incoerências
olhares que não se encontram
vociferam maldades e impropérios
inúteis
Tanta sombra
tanto desgosto perpendicular
uma sopa de desencanto
as mãos tacam pedras
e arranham as outras belezas
imperdoáveis
Tanto setembro
tanto tempo sem circular
um pavilhão de inutilidades
palavras de ataque, de achaque
e as falácias de sempre
fúteis
Tanto santo
tanta unção irregular
um cemitério de passantes
vomitam combalências frequentes
esgotam os provérbios e as chances
inúteis
.
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