Aguardo o convite
Para um festejo particular
Não sou bem vindo
Sou em estranho em minha própria alma
Carrego comigo estranhos tormentos
Que não se calam um segundo
Pratico o discurso
Diante do espelho
Que insiste em refletir a mim mesmo
Nesse baralho de naipes marcados
Sou um ilegítimo filho do rei
Preposto insignificante da luta armada
Passo os dias vendado
Para não me sentir tão ansioso
Silenciosamente me acomodo numa cama
E preparo o espírito para a noite seguinte
Quebro a promessa
Afundo num licor
Sem cerimônia alguma
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