28.1.10

O incrível protesto

Meu protesto involuntário

Não vacila nem adorna

Sai vazio e cabisbaixo

E uma falácia então se torna


Cai triste e amargurado

Seu sintoma de derrota

Sua alvura natural

Sua verve poliglota


Mas caminha desolado

Meu protesto, protestinho

Não era mesmo de nada

Só mais um grito sozinho


Uma trovoada desprendida

À toa, pelo visto

Um costume, um desabafo

Um grito de improviso


Mas o apelo é transigente

E começa a tomar forma

É desvalido agora

Mas em breve se contorna


E se desfaz


.

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